A solidão das horas, a solidez das formas
Dias tão nublados, chuvas sempre ácidas
De folhas e folhas que caem sempre secas
De pétalas e pétalas já desvanecidas
Esses assassinatos, essas amputações
Esse diário banquete de cadáveres
Esse estrondo de absurdos
Esse silêncio de tudo o que nos resta
Essas vozes que não cantam mais a vida
Essa enxurrada de mentiras canônicas
Essa aventura tão cara de frustrar-se
Essa velocidade de perder todas as cores
Esses amores rudes, tão frios e tão frívolos
Esse medo tolo de estender as mãos
Esse modo triste de abrir os braços
E receber o mundo que se acaba num abraço
13.8.07
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