No ar, teu perfume,
pelos arredores
- Que belas as flores,
se virdes as flores...
Provar, dos teus lábios,
tão doces sabores
- Que belas as flores,
oh, todas as flores!
Ver nesses teus olhos,
tão cheios de cores
- Que belas as flores,
e quantas as flores!
Teu corpo ofegante,
tão quentes vapores
- Que belas as flores,
não vistes as flores?
Teu nome na noite,
em meio aos rumores
- Que belas as flores,
tão poucas as flores...
A voar um bilhete
pelos corredores
- Que belas as flores,
se todas as flores...
Tão pouco o ciúme
nos interiores
- Que belas as flores,
e nem mesmo as flores.
A estrela cadente,
na trilha das dores
- Que belas as flores,
não culpem as flores.
Ao mar, complacente,
aos seus pescadores
- Que belas as flores
quando não há flores.
2 comentários:
Seus versos exalam frescor. Gostei.
A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos...
Manifesto Pau Brasil
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